O que você faria se deixasse de ser um mero observador de eventos para ser o protagonista daquela história?
O muro está pichado e o dono dele corre para espantar os garotos rebeldes que fizeram questão de riscar a pintura. Outro garoto observa de longe a situação que fez o homem pular de raiva. O que ele vai fazer?
Na escola, um menino forte e valentão empurra outro aparentemente menor e mais frágil. Alguém assiste à cena de longe. O que essa pessoa vai fazer?
Na rua, diante de olhos dispersos e desfocados do imediato, um homem agoniza com sua cabeça sangrando. Está jogado no chão. Manchado. Manchado o chão pelo sangue do homem. Manchado o homem pela sujeira do chão. Um casal conversa próximo a ele. Uma mulher o olha com preocupação. O que ela vai fazer?
A casa incendiada acidentalmente por uma criança faz todos os seus moradores saírem correndo, menos a menina, que está queimada no interior da residência. O irmão mais velho, e não menos criança que ela, sente a sua falta. O que ele vai fazer? O que vai acontecer?
Porque é quando o mundo parece estar do avesso que vemos que do outro lado da porta ainda há esperança em pequenos gestos e significativas atitudes, de conhecidos ou estranhos.
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.39), diz o Texto Sagrado. E é em situações como as vistas acima que esse versículo também pode ser aplicado. Porque, como dizem por aí, ‘gentileza gera gentileza’, e ela pode contagiar a quem se deixar contaminar por ela, como o vírus que se dissemina em grande velocidade. E porque assim como os microrganismos são invisíveis a olho nu e perceptíveis apenas por seus sintomas, a gentileza é abstrata como certas artes e percebida somente por meio dos seus efeitos.
E em sua nobre consequência.
Por isso que o dono do muro pichado não ficou à revelia. O menino observador e desconhecido deu um jeito de pintá-lo novamente.
E o que estava na escola, caído pela agressividade do outro, agarrou a mão que se estendeu em seguida.
E o homem manchado no chão e pelo chão foi socorrido pela mulher que o olhava preocupada, enquanto falava ao celular com o Corpo de Bombeiros.
E a criança foi salva pelo pequeno irmão que resolveu voltar para buscá-la, ainda que ficasse com a perna queimada.
O que você faria se deixasse de ser um mero observador de eventos para ser o protagonista daquela história
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